Tenha empatia: ninguém é obrigado a gostar de tudo e, às vezes, a gente até gosta, mas não está afim naquele momento. Se imagine num jantar formal onde será servido algo que você detesta. Como você gostaria de ser tratado?
Não rotule: a criança acredita em tudo que a gente fala. Somos nós que formamos a opinião delas em relação a elas mesmas. Dizer que elas comem mal ou que não gostam de determinados alimentos pode atrapalhar mais do que ajudar. Deixe que ela tire suas próprias conclusões.
Aja naturalmente: não quer? Ok! É um direito da criança. Isso não precisa sair na capa da revista Caras e nem sair no Jornal Nacional.
Silêncio! Ficar tentando convencer ou narrando cada colherada pode ser irritante. Guarde seus conhecimentos nutricionais para outro momento. Quanto mais você se envolve, mais o problema ganha força.
Não deixe de oferecer: sua função é dar para a criança toda a oportunidade que ela precisa, mas não ouse achar que você terá controle sobre o que ela fará com essa oportunidade. Não quis dessa vez? Dê a ela a oportunidade de querer ou até de se apaixonar numa próxima vez. Aproveite para apresentar o alimento de diferentes formas e em diferentes preparações.
Incentive os pontos positivos: tire o foco da parte negativa. Não quer comer a couve? Sem problemas… -Você costuma comer muito bem -Existem outros substitutos -Você comeu todo o feijão -Eu vi que você se esforçou -Quem sabe da próxima vez? -Você come as outras folhas -Você aceita no suco… Não trave uma guerra: o momento da refeição precisa ser prazeroso e não uma batalha!
Enfrentar a criança pode colocá-la na posição de defesa e ninguém costuma sair ganhando nesses casos.
Nutricionista pediátrica e terapeuta alimentar. Fundadora do Alice no país das comidinhas, uma clínica pediátrica que reúne diversas especialidades da saúde totalmente preparadas para tratar as questões alimentares inerentes à infância.